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Onde se pagam mais impostos, Brasil ou Espanha?

Onde se paga mais impostos, Brasil ou Espanha

Onde se paga mais impostos, Brasil ou Espanha

Onde se pagam mais impostos, Brasil ou Espanha?

Os impostos são uma fonte importante de receita para os governos em todo o mundo, e muitas vezes geram debates acalorados sobre sua justiça e eficácia.

No Brasil e na Espanha, dois países com economias e sistemas políticos distintos, os impostos são uma parte significativa da arrecadação de recursos públicos.

Mas, onde se pagam mais IRPF, no Brasil ou na Espanha?

CENÁRIO BRASIL X ESPANHA

De acordo com dados recentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2021 a carga tributária total – ou seja, a proporção da renda nacional bruta destinada a impostos – foi de 37,4% na Espanha. No Brasil, a carga tributária total foi de 33,90%, segundo dados oficiais do governo.

No entanto, é importante ter em mente que esses números não contam toda a história. Ou seja, a estrutura tributária de cada país tem diferentes impactos na população, dependendo da renda e do setor em que trabalham.

Na Espanha, o imposto de renda é progressivo, o que significa que as pessoas que ganham mais pagam uma porcentagem maior de sua renda em impostos do que as pessoas que ganham menos. Além de progressivo, o IRPF na Espanha é escalonado, o que significa que a % vai variando em cada tramo de valores. No exemplo seguinte, consideramos o caso de uma pessoa que ganha 30.000 euros/ano:

Em quanto a obrigatoriedade da declaração de imposto de renda na Espanha, os contribuintes que receberam rendimentos inferiores a 22.000 euros brutos anuais, de apenas um empregador, ficam isentos de declarar.

No Brasil, a estrutura tributária é diferente. A alíquota mínima de IRPF começa em 7,5% e chega, como máximo, a 27,5% (dados de 2022). E, segundo a Receita Federal, o valor para declarar Imposto de Renda no país é a partir de R$28.559/ano.

A COMPARAÇÃO É JUSTA?

Embora a diferença nas cargas tributárias entre Brasil e Espanha, é importante lembrar que esses números não refletem a realidade de cada país, e, realmente, não parece uma comparação justa.

Segundo dados do IBGE, o salário médio no Brasil em 2021 foi de R$ 2.787, mais que o dobro do salário mínimo. Enquanto na Espanha, o salário médio mensal, no mesmo ano, foi de 2.086€. Quando contrastamos estes dados e pensamos no poder de compra em cada pais, evidencia-se que não é apenas uma questão de comparar o percentual de impostos.

O Brasil é um país com uma desigualdade de renda muito alta, em comparação à Espanha. Isso significa, entre outras coisas, que as pessoas em um país podem ter mais capacidade de arcar com os impostos do que as do outro.

Segundo o Relatório sobre as Desigualdades Mundiais (2021), metade da população brasileira mais pobre recebe somente 10% do total da renda nacional. Deste modo, conforme o estudo, os 50% mais pobres do país têm uma diferença de 29 vezes em relação ao rendimento dos 10% mais ricos.

Na Espanha, por outro lado, em 2021, a renda dos 20% mais ricos da população foi 6,2 vezes maior do que a dos 20% mais pobres.

Em outras palavras, ainda que alíquota máxima de Imposto de Renda no Brasil esteja na casa dos 27,5%, que é menor do que a alíquota máxima na Espanha (47%), a renda média no Brasil é significativamente menor do que na Espanha, o que significa que a alíquota de 27,5% pode ser mais difícil de pagar para algumas pessoas.

PARA CADA REALIDADE, UMA ANÁLISE

Eu poderia passar horas aqui, escrevendo e escrevendo, trazendo outros dados de comparação. Mas, no final, estamos falando de países diferentes, de tamanhos realmente distintos e com uma realidade que destoa uma da outra.

Por isso, se o que você busca são respostas para o seu planejamento financeiro migratório pessoal ou entender quanto de imposto você pagaria na Espanha em comparação ao que paga atualmente no Brasil, indico meu novo serviço de consultoria financeira, contábil e de investimentos.

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